TDA
- Transtorno de Déficit de Atenção
O
TDA (transtorno de déficit de atenção) e TDAH (transtorno de déficit de atenção
e hiperatividade) são doenças consideravelmente “novas”. Embora a maioria dos
estudos tenha começado há alguns anos atrás, e geralmente são focados nos
efeitos do transtorno em crianças. Como sabemos que o transtorno provavelmente
existe há muito tempo antes de sua descoberta, isso nos leva a conclusão de que
vivemos em uma geração de adultos que cresceu e convive com esse transtorno há
muitos anos.
Primeiramente,
o TDA se apresenta de três maneiras: predominantemente Hiperativo-Impulsivo
(TDAH), predominantemente desatento (TDA) e Combinado (uma junção de ambos).
Ainda temos a Hiperatividade, que se trata de outro transtorno que não tem
relação com o TDA.
Hoje
abordarei apenas o TDA (sem traços de hiperatividade), que é o que eu tenho
estudado mais profundamente.
De
maneira prática, o portador de TDA encontra grande dificuldade de aprendizado,
não por alguma limitação intelectual, mas por não conseguir manter o foco de
atenção em nada do que faz. No entanto, este não é o único sintoma apresentado
pelo adulto TDA.
O
TDA em geral é muito desatento, tem dificuldade de organização e se sente
entediado com facilidade. Ele precisa ser constantemente estimulado e
encorajado para que não caia no desânimo ou procrastinação. Tem oscilações
constantes de humor (euforia/depressão/tédio/impulsividade), inicia muitos
projetos ao mesmo tempo embora dificilmente consiga terminar algum deles.
Em
situações sociais podem sofrer grande constrangimento por não conseguirem se
concentrar em conversas e provocarem no outro a sensação de desinteresse e
tédio. Costumam interromper as pessoas enquanto falam (ansiedade) ou esquecer
facilmente o que estava dizendo caso alguma coisa interrompa sua concentração
(desatenção). O comportamento impulsivo também faz com que o TDA fale e aja sem
pensar.
A
impaciência/inquietude também é outro sintoma que não permite que o TDA consiga
se focar em uma só atividade por muito tempo (ler um livro, assistir um filme
longo, participar de palestras).
No
âmbito profissional o TDA tem dificuldades não só em conseguir se concentrar
por muito tempo como também em se manter no mesmo emprego por um longo período, pela tendência a irritabilidade com tarefas repetitivas ou
monótonas.
Outros
sintomas que podem ou não acompanhar o TDA em algum momento de sua vida:
depressão, ansiedade e pânico, tiques nervosos, euforia demasiada,
irritabilidade extrema, transtorno de humor borderline e bipolaridade, dislexia
ou distúrbios da fala, transtorno compulsivo, (impulso por compras,
hipersexualidade, uso abusivo de drogas, ou transtornos alimentares, etc.) e
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Por
isso, é essencial buscar ajuda profissional, pois na maioria dos casos, o
acompanhamento ou medicação podem reduzir e muito os sintomas do TDA, fazendo
com que o adulto possa viver uma vida normal, sem estar sujeito a esta montanha
russa de emoções que o transtorno causa. Amigos e familiares também devem estar
envolvidos na vida do TDA para que estes o ajudem a identificar os sintomas
quando estes ocorrem e minimizar os seus efeitos. Lembrando que para o TDA o
estímulo é tudo.
Além
do mais, comprovadamente existem diversos pontos positivos nos portadores de
TDA. Os TDA´s são naturalmente criativos, sensíveis, ágeis, espontâneos,
engraçados, e frequentemente tem um ponto de vista peculiar sobre as coisas
(capacidade de observação diferenciada) e frequentemente demonstram uma
inteligência acima da média.
BY
DEBORAH ALMEIDA
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