terça-feira, 26 de março de 2013

Saiba um pouco mais sobre TDA

TDA - Transtorno de Déficit de Atenção

O TDA (transtorno de déficit de atenção) e TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) são doenças consideravelmente “novas”. Embora a maioria dos estudos tenha começado há alguns anos atrás, e geralmente são focados nos efeitos do transtorno em crianças. Como sabemos que o transtorno provavelmente existe há muito tempo antes de sua descoberta, isso nos leva a conclusão de que vivemos em uma geração de adultos que cresceu e convive com esse transtorno há muitos anos.

Primeiramente, o TDA se apresenta de três maneiras: predominantemente Hiperativo-Impulsivo (TDAH), predominantemente desatento (TDA) e Combinado (uma junção de ambos). Ainda temos a Hiperatividade, que se trata de outro transtorno que não tem relação com o TDA.

Hoje abordarei apenas o TDA (sem traços de hiperatividade), que é o que eu tenho estudado mais profundamente.
De maneira prática, o portador de TDA encontra grande dificuldade de aprendizado, não por alguma limitação intelectual, mas por não conseguir manter o foco de atenção em nada do que faz. No entanto, este não é o único sintoma apresentado pelo adulto TDA.

O TDA em geral é muito desatento, tem dificuldade de organização e se sente entediado com facilidade. Ele precisa ser constantemente estimulado e encorajado para que não caia no desânimo ou procrastinação. Tem oscilações constantes de humor (euforia/depressão/tédio/impulsividade), inicia muitos projetos ao mesmo tempo embora dificilmente consiga terminar algum deles.

Em situações sociais podem sofrer grande constrangimento por não conseguirem se concentrar em conversas e provocarem no outro a sensação de desinteresse e tédio. Costumam interromper as pessoas enquanto falam (ansiedade) ou esquecer facilmente o que estava dizendo caso alguma coisa interrompa sua concentração (desatenção). O comportamento impulsivo também faz com que o TDA fale e aja sem pensar.

A impaciência/inquietude também é outro sintoma que não permite que o TDA consiga se focar em uma só atividade por muito tempo (ler um livro, assistir um filme longo, participar de palestras).

No âmbito profissional o TDA tem dificuldades não só em conseguir se concentrar por muito tempo como também em se manter no mesmo emprego por um longo período, pela tendência a irritabilidade com tarefas repetitivas ou monótonas.

Outros sintomas que podem ou não acompanhar o TDA em algum momento de sua vida: depressão, ansiedade e pânico, tiques nervosos, euforia demasiada, irritabilidade extrema, transtorno de humor borderline e bipolaridade, dislexia ou distúrbios da fala, transtorno compulsivo, (impulso por compras, hipersexualidade, uso abusivo de drogas, ou transtornos alimentares, etc.) e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Por isso, é essencial buscar ajuda profissional, pois na maioria dos casos, o acompanhamento ou medicação podem reduzir e muito os sintomas do TDA, fazendo com que o adulto possa viver uma vida normal, sem estar sujeito a esta montanha russa de emoções que o transtorno causa. Amigos e familiares também devem estar envolvidos na vida do TDA para que estes o ajudem a identificar os sintomas quando estes ocorrem e minimizar os seus efeitos. Lembrando que para o TDA o estímulo é tudo. 

Além do mais, comprovadamente existem diversos pontos positivos nos portadores de TDA. Os TDA´s são naturalmente criativos, sensíveis, ágeis, espontâneos, engraçados, e frequentemente tem um ponto de vista peculiar sobre as coisas (capacidade de observação diferenciada) e frequentemente demonstram uma inteligência acima da média. 

BY DEBORAH ALMEIDA

Nenhum comentário:

Postar um comentário