Muitas pessoas
dão muito valor ao destaque. O objetivo é ser amando e admirado, e em alguns
casos invejado.
Essas pessoas dão muito valor a aparência, por isso
muitas vezes gastam o que não tem para manter um “padrão invejável”. Pouco se
importando com o que tem na geladeira, ou com que os filhos vão comer, o importante é usar a roupa da
moda.
O carro parece
um item que muda as pessoas fisicamente, parece que o indivíduo em questão, fica
mais alto, mais forte, mais bonito, até mais bem dotado.
Um novo objeto
nos dias de hoje é o ser humano, o individuo “alfa” para se sentir mais
poderoso e invejado, coleciona pessoas. Sair, namorar com pessoas bonitas,
muito mais jovens ou com certo status na sociedade, aumenta a evidência e
acaricia o ego. Não importa que o outro seja um ser humano, e que tenha
sentimentos, este ser humano na visão do “alfa” é apenas um objeto, um item de mobília,
algo que ele possui e do qual se desfaz com facilidade.
Neste mundo
das aparências o interno não importa. Sentimentos, solidariedade, compaixão,
nada disso importa, a felicidade esta diretamente ligada as coisas que se
possui ou que se pode ostentar, sejam elas objetos ou pessoas.
Há também os títulos
indivíduos “alfa” usam cargos, posições, renda, para se eleger melhor que o
outro, se colocar em um pedestal e se dizer intocável, acima do bem e do mal.
Mas a soberba
não é mérito apenas dos “bem nascidos” ou “bem posicionados”, ela vem também de
pessoas que apesar de "simples" não sabem o significado da palavra humildade. Esse
tipo de individuo “alfa” acredita ter
muitos direitos (e poucos deveres) e que todos devem se curvar a esses “direitos”.
“Eu não vou levantar do assento
preferencial, eu trabalhei o dia inteiro, estou cansado, por que vou dar lugar
a esse velho folgado que fica passeando por ai? Por que tenho que dar lugar a
mulher grávida eu não sou o pai?”
O mundo é muito grande, mas hoje, com tanta tecnologia esta muito mais conectado, mas ligado e ao mesmo
tempo cada vez mais egocêntrico e cada vez menos gentil.
É triste ver
como algumas pessoas conseguem passar horas nas redes sociais, falando com
gente do mundo inteiro, mas não consegue olhar para o lado e conversar com seu
vizinho, muitas vezes não conversa nem o um membro de sua própria família (mãe,
pai, filhos). É possível se conectar com o mundo inteiro, mas é difícil ter uma
hora de conversa com seu próprio filho, passar para ele valores, ensiná-lo a
respeitar o próximo, amar, ter fé.
Cada dia mais
a família perde, sai da conexão, pais não conversam
com seus filhos, filhos não respeitam seus pais, crianças crescem acreditando
que tem apenas direito sem nenhum dever. Esta tudo tão rápido que não há mais
tempo de sentar a mesa para uma refeição em família, não há mais tempo para
visitar um amigo, não há para brincar com os filhos, não há mais tempo para as
gentilezas.
Neste mundo de
aparências e cobiça deixamos de ser gentis também com a terra, desrespeitamos a
natureza e não nos preocupamos em ensinar nossos filhos sobre a importância da
vida.
Se eu posso ficar horas com a torneira
aberta que me importa se na África pessoas e animais morrem por causa da seca?
Mas o que devemos
lembrar é que da vida nada se leva e que em um leito de hospital somos todos
iguais. Independente se o indivíduo esta no leito do Albert Einstein ou no
corredor do SUS, a doença é a mesma e mata, machuca da mesma forma, o câncer não
faz distinção entre indivíduos, seja ele “alfa” ou não.
A diferença
entre um deficiente físico e um não deficiente é apenas um minuto. Em um minuto
você pode cair de uma escada, ser atropelado, levar um tiro em uma assalto, sofrer
uma acidente, e se tornar paraplégico. Então porque se sentir tão superior se
no fundo somos todos iguais?
Podemos diferir
em classe social, cor, cultura, opção sexual, mas no final das contas somos todos seres
humanos, vivendo em um mesmo planeta.
Sendo assim,
sejamos mais internos e menos externos, nos preocupemos mais com a terra, com
os animais, com as pessoas, com nossas crianças. Sejamos gentis. Façamos ao próximo aquilo que gostaríamos
que nos fosse feito. Gentileza gera gentileza.
Como já disse
Renato Russo “É PRECISO AMAR AS PESSOAS COM SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ, PORQUE SE
VOCÊ PARA PRA PENSAR, NA VERDADE NÃO HÁ”.
By DGuedes
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