sábado, 7 de dezembro de 2013

Somos Todos Diferentemente Iguais


Muitas pessoas dão muito valor ao destaque. O objetivo é ser amando e admirado, e em alguns casos invejado.
Essas  pessoas dão muito valor a aparência, por isso muitas vezes gastam o que não tem para manter um “padrão invejável”. Pouco se importando com o que tem na geladeira, ou com que os filhos  vão comer, o importante é usar a roupa da moda.
O carro parece um item que muda as pessoas fisicamente, parece que o indivíduo em questão, fica mais alto, mais forte, mais bonito, até mais bem dotado.
Um novo objeto nos dias de hoje é o ser humano, o individuo “alfa” para se sentir mais poderoso e invejado, coleciona pessoas. Sair, namorar com pessoas bonitas, muito mais jovens ou com certo status na sociedade, aumenta a evidência e acaricia o ego. Não importa que o outro seja um ser humano, e que tenha sentimentos, este ser humano na visão do “alfa” é apenas um objeto, um item de mobília, algo que ele possui e do qual se desfaz com facilidade.
Neste mundo das aparências o interno não importa. Sentimentos, solidariedade, compaixão, nada disso importa, a felicidade esta diretamente ligada as coisas que se possui ou que se pode ostentar, sejam elas objetos ou pessoas.
Há também os títulos indivíduos “alfa” usam cargos, posições, renda, para se eleger melhor que o outro, se colocar em um pedestal e se dizer intocável, acima do bem e do mal.
Mas a soberba não é mérito apenas dos “bem nascidos” ou “bem posicionados”, ela vem também de pessoas que apesar de "simples" não sabem o significado da palavra humildade. Esse tipo de individuo “alfa” acredita  ter muitos direitos (e poucos deveres) e que todos devem se curvar a esses “direitos”.
“Eu não vou levantar do assento preferencial, eu trabalhei o dia inteiro, estou cansado, por que vou dar lugar a esse velho folgado que fica passeando por ai? Por que tenho que dar lugar a mulher grávida eu não sou o pai?”
O mundo é muito grande, mas hoje, com tanta tecnologia esta muito mais conectado, mas ligado e ao mesmo tempo cada vez mais egocêntrico e cada vez menos gentil.
É triste ver como algumas pessoas conseguem passar horas nas redes sociais, falando com gente do mundo inteiro, mas não consegue olhar para o lado e conversar com seu vizinho, muitas vezes não conversa nem o um membro de sua própria família (mãe, pai, filhos). É possível se conectar com o mundo inteiro, mas é difícil ter uma hora de conversa com seu próprio filho, passar para ele valores, ensiná-lo a respeitar o próximo, amar, ter fé.
Cada dia mais a família perde, sai da conexão, pais não conversam com seus filhos, filhos não respeitam seus pais, crianças crescem acreditando que tem apenas direito sem nenhum dever. Esta tudo tão rápido que não há mais tempo de sentar a mesa para uma refeição em família, não há mais tempo para visitar um amigo, não há para brincar com os filhos, não há mais tempo para as gentilezas.
Neste mundo de aparências e cobiça deixamos de ser gentis também com a terra, desrespeitamos a natureza e não nos preocupamos em ensinar nossos filhos sobre a importância da vida.
Se eu posso ficar horas com a torneira aberta que me importa se na África pessoas e animais morrem por causa da seca?
Mas o que devemos lembrar é que da vida nada se leva e que em um leito de hospital somos todos iguais. Independente se o indivíduo esta no leito do Albert Einstein ou no corredor do SUS, a doença é a mesma e mata, machuca da mesma forma, o câncer não faz distinção entre indivíduos, seja ele “alfa” ou não.
A diferença entre um deficiente físico e um não deficiente é apenas um minuto. Em um minuto você pode cair de uma escada, ser atropelado, levar um tiro em uma assalto, sofrer uma acidente, e se tornar paraplégico. Então porque se sentir tão superior se no fundo somos todos iguais?
Podemos diferir em classe social, cor, cultura, opção sexual, mas no final das contas somos todos seres humanos, vivendo em um mesmo planeta.
Sendo assim, sejamos mais internos e menos externos, nos preocupemos mais com a terra, com os animais, com as pessoas, com nossas crianças. Sejamos gentis. Façamos ao próximo aquilo que gostaríamos que nos fosse feito. Gentileza gera gentileza.

Como já disse Renato Russo “É PRECISO AMAR AS PESSOAS COM SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ, PORQUE SE VOCÊ PARA PRA PENSAR, NA VERDADE NÃO HÁ”.

By DGuedes

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